O Vale do Café teve figuras de importância nacional e até internacional, que contribuíram com os rumos da história do Brasil. Relembrar cada uma delas é descobrir trechos valiosos da história .
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Eufrásia Teixeira Leite
Vassourense, Eufrásia foi uma mulher à frente do seu tempo. Passou do século 19 para o 20 e poderia ter sido do século 21. Ousada, multiplicou, e muito, a fortuna herdada
Nasceu em 1850 em Vassouras, numa chácara que hoje é conhecida como Casa da Hera. Filha de Joaquim José Teixeira Leite e de Ana Esméria Correia e Castro. Ambas as famílias eram nobres e ricas. Seu tio, o Barão de Vassouras, junto com seu pai, montou a “Casa Teixeira Leite & Sobrinhos”, que emprestava dinheiro a juros para prósperos fazendeiros de café.
Eufrásia teve apenas uma irmã, Francisca, que faleceu em 1899, sem deixar herdeiros, tornando Eufrásia herdeira universal da família.

Destacou-se mesmo no mundo do mercado financeiro, sendo uma das primeiras mulheres a investir na bolsa de Paris. O resultado disto foi um patrimônio acionário de 297 empresas em dez países diferentes. Investiu em dívidas de governo e no mercado imobiliário. Em Vassouras, sua casa tornou-se o Museu Casa da Hera. Gratuito, é ideal para conhecer melhor a história desta grande mulher. Não deixou herdeiro, tendo sua fortuna sido doada para benfeitorias que estão até hoje em Vassouras.
Na vida amorosa, teve um romance/noivado vaivém com o abolicionista Joaquim Nabuco, com quem trocou inúmeras cartas e depois pediu que seu inventariante desse fim nelas. Há quem diga que foram enterradas com Eufrásia em Vassouras. Ela morreu em 1920 no Rio de Janeiro, depois de viver grande parte da vida em Paris, em uma mansão numa das ruas mais elegantes da cidade.
Em Vassouras, a história de Eufrásia pulsa, portanto recomendamos que você reserve o Hotel Santa Amália ou a Vila Hibisco Pousada e Apart para conhecer. Além disto, há outros atrativos próximos como o Uaná Etê, a Fazenda Alliança Agroecológica, o Hotel Fazenda União, a Fazenda do Paraízo e um brinde da Cachaça Werneck!

Rosinha de Valença
Valença tem bossa e tem samba. E tem arte e tem poesia. E tem carisma e tem alegria. E orgulho. Muito orgulho. Porque de Valença veio Maria Rosa Canellas, que brilhou no mundo como Rosinha de Valença. Carregou o nome da cidade onde nasceu e onde morreu por conta do apelido dado pelo lendário jornalista Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta. Dizia, e com razão, que ela tocava por uma cidade inteira. E tinha razão.
Juntou-se com o grande Baden Powell parar criar o violão Bossa Nova. Sua estreia foi em 1963, pelo selo Elenco. Ganhou o mundo com seu talento e fez turnês internacionais com Sérgio Mendes e teve uma carreira brilhante lá fora. Chegou a trabalhar com uma das divas do jazz, Sarah Vaughan e com o imenso saxofonista Stan Getz. Teve passagens pela URSS, Israel, Suiça, Itália, Portugal, países africanos e até passou uma temporada estudando em Paris, ao ganhar uma bolsa da Embaixada da França.
No Brasil, foi gigante militante da música instrumental e trabalhou e tocou com nomes como Martinho da Vila, Bethânia, Ney Matogrosso, dona Ivone Lara e outros. Participou do programa de TV “O fino da bossa”, do qual Elis Regina era estrela. Inquieta e criativa, deixou um legado de orgulhar o país e a cidade de Valença. Em 1992, sofreu uma parada cardíaca que provocou uma lesão cerebral e a deixou em coma até 2004, quando faleceu de parada cardiorrespiratória, aos 62 anos.
Que tal conhecer a cidade de Rosinha? Valença ainda preserva edifícios históricos e algumas fazendas históricas. Se hospedando em Vassouras na Vila Hibisco Pousada e Apart ou no Hotel Santa Amália, você estará a cerca de 45 minutos da cidade de Rosinha. Se se hospedar no Hotel Fazenda União, estará a apenas 40 minutos. Ou você pode ficar na Fazenda Alliança Agroecológica com seu grupo e leva-lo para conhecer as histórias de Valença em 30 minutos.
Osório Duque Estrada

Foi-se um tempo em que Paty do Alferes pertenceu a Vassouras. Portanto, podemos dizer que o gênio Joaquim Osório Duque Estrada nasceu tanto em Vassouras como em Paty do Alferes, em 1870. O certo mesmo é que ele é um grande personagem do Vale. Seu poema mais conhecido está na boca de quase todo brasileiro, se não por completo, ao menos parte da letra. Trata-se do nosso Hino Nacional.
Mas, ele foi além do Hino. Como jornalista, teve coluna nos jornais Correio da Manhã, Imparcial e Jornal do Brasil. Em 1887 já escrevia artigos abolicionistas. Bacharel em Letras, depois de abandonar o Direito, também foi 2º secretário de legação no Paraguai, fazendo assim carreira diplomática. Escreveu e publicou cerca de 13 livros, entre poesia, teatro, ensaios históricos e crítica.

A letra do Hino Nacional, sua obra mais conhecida, venceu um concurso nacional em 1901, porém o Congresso só a oficializou como letra do Hino em 6 de setembro de 1922. Imortal pela Academia Brasileira de Letras em 1915, faleceu no Rio de Janeiro em 1927, aos 57 anos e um legado maravilhoso.